Como a ave que volta ao ninho antigo,
Depois de um longo e tenebroso inverno,
Eu quis também rever o lar paterno.
O meu primeiro e virginal abrigo.
Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,
E fantasma talvez do amor materno,
Tomou-me as mãos, - olhou-me grave e terno,
E passo a passo, caminhou comigo.
Era esta a sala... (Oh! Se me lembro! E quanto).
Em que da luz noturna à claridade,
Minhas irmãs e minha mãe... O pranto
Jorrou-me em ondas... Resistir quem há de?
Uma ilusão gemia em cada canto,
Chorava em cada canto uma saudade!
Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior, prosador e poeta lírico dos mais
estimados, tendo vindo do romantismo, foi desde a publicação dos Sonetos e
Rimas, um perfeito parnasiano, não só pela expressão poética, como ainda pelo esmero
da forma e correção do verso: como
Josephin Soulary. Luiz Guimarães cinzela os seus sonetos com uma destreza
maravilhosa.
Pertenceu a várias associações de letras e ciências estrangeiras e foi
da Academia Brasileira de Letras, cadeira Pedro Luiz.
Deixou, entre outros trabalhos: Corimbos, História para gente alegre,
Filigranas, Contos sem pretensão, Noturnos, Sonetos e Rimas, Mont’Alverne, A. Carlos Gomes e outros perfis
biográficos, etc.
Nasceu no Rio de Janeiro em 17 de novembro de 1845 e faleceu em Lisboa
no dia 19 de maio de 1897.
É muito importante valorizar e honrar a memória dos pais. :-)
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