terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pelo caminho da vida

Cada poema possuia um signficado para meu pai e para nós.
Este ele lia para a nossa mãe, que ouvia comovida . . .

Assim...  Ambos assim, no mesmo passo,
Iremos percorrendo a mesma estrada;
Tu no meu braço trêmulo amparada,
Eu amparado, no teu lindo braço.

Ligados neste arrimo, embora escasso,
Venceremos as urzes da jornada...
E tu te sentirás menos cansada
E eu menos sentirei o meu cansaço.

E assim, no auxilio destes bens supremos
Que para mim o teu carinho trouxe,
Placidamente pela vida iremos,

Calcando maguas, afastando espinhos,
Como se a escarpa desta Vida fôsse
O mais suave de todos os caminhos.

Mário Veloso Paranhos Pederneiras  nasceu no Rio de Janeiro, em 2 de novembro de 1867 , conhecido como Mário Pederneiras, foi um poeta brasileiro.
Filho de Manuel Veloso Paranhos Pederneiras e de Isabel França e Leite, e irmão de Oscar Pederneiras. Mário Pederneiras foi um carioca que com suas poesias encantou a muitos. Em suas obras se torna claro seu jeito único de escrever e a forma como mostrava ao mundo o que pensava.
Casou-se com Júlia Méier em 1897 no Rio de Janeiro e teve três filhas, Maria da Graça, Leonora e Iolanda, as quais faleceram durante a vida de seu pai.
Sua formação literária teve forte influência dos poetas franceses da escola simbolista e também de grandes poetas de língua portuguesa da época como Cruz e Sousa, Antônio Nobre e Cesário Verde, seus poemas eram marcados pela simplicidade e pelos temas da vida diária.
Estreou na imprensa por volta de 1878, quando tornou-se colaborador do jornal estudantil O Imparcial, do Grêmio Literário Artur de Oliveira, no Rio de Janeiro. Entre 1895 e 1908 foi fundador, com Gonzaga Duque e Lima Campos, diretor e redator das revistas Rio Revista, Galáxia, Mercúrio e revista Fon-Fon. Esta última foi responsável pela segunda fase do movimento simbolista.
Mário Pederneiras começou a escrever poemas em 1900, quando publicou seu primeiro livro de poesias, Agonias. Foi ainda colaborador de A Gazeta de Notícias, Sans Dessous, O Tagarela e Novidades. Cursou o primeiro e o segundo ano da Faculdade de Direito de São Paulo, entre 1887 e 1888, mas não chegou a concluí-la.
Na década de 1910, trabalhou na elaboração em prosa da revista teatral inédita Dona Bernarda e da comédia também inédita O Dr. Mendes Camacho.
Conquistou o terceiro lugar no concurso para Príncipe dos Poetas Brasileiros, em 1913, no Rio de Janeiro. Mário Pederneiras foi um simbolista que se tornou, com o tempo, o cantor das alegrias da vida doméstica e também das tristezas que a assaltam. Poeta do lar, da saudade das filhas mortas, da gratidão à esposa, das coisas humildes como as árvores da rua, a mangueira do quintal, o passeio público, etc.
Em 1921, foi lançado seu livro póstumo Outono, com versos de 1914, ilustrado por Calixto e João Carlos.
Faleceu no Rio de Janeiro em  8 de fevereiro de 1915.

Nota: Esta biografia foi extraída do site Wikipedia.

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