sábado, 26 de dezembro de 2015

Natal, a mais bela história!

A história que eu mais gosto de ouvir e de contar é a história do nascimento de Jesus. Essa história nos concede, há séculos, a oportunidade de renascermos espiritualmente e começar uma nova vida. Que nossas metas e planos sejam sempre inspirados no exemplo de amor da Sagrada Família e na pureza e simplicidade do menino Jesus.
Desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de muitas realizações, muita saúde, alegria e amor!



quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Quem Foi Machado de Assis

Recentemente fui convidada para falar sobre Machado de Assis para o grupo de contadores de histórias - AGREGANDO, do qual faço parte também.
Em nossos encontros que acontecem uma vez por mês, é costume do grupo ora contar histórias ora estudar um autor

Eis o autor escolhido.

MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Morro do Livramento no Rio de Janeiro, a 21 de junho de 1839. A sua origem é humilde e obscura.
Conhece-se o drama de sua pobreza; contudo, pairam, ainda, dúvidas a respeito do seu começo de vida.
Deve ter tido uma infância simples, quieta, sem grandes alegrias, nem profundas tristezas.
Provavelmente brincou com as outras crianças, mas sem elas. Desde cedo foi um introvertido. Um isolado. Sozinho e tristonho fechou-se dentro de si mesmo. Encerrou alma e inteligência em uma inacessível torre de marfim.

Na escola pública, aprendeu as primeiras letras. Após foi sacristão e o ambiente da igreja lhe encheu o espírito de “uma harmoniosa impressão de religiosidade”.
A sua primeira tendência é, pois, no sentido das coisas divinas. Muito jovem, entrou em contato com a dura realidade do mundo. Leu cheio de curiosidade; leu avidamente e encontrou na leitura o seu verdadeiro destino.
Os livros lhe deram consciência de si mesmo, do seu valor, da sua finalidade. Descobriu uma larga estrada e por ela passou a trilhar.
Inicia-se, literariamente, versejando. É um adolescente que se queixa e sofre. É um quase menino que conhece a saudade e chora a dor da ausência.

Paula Brito, Francisco Otaviano e Quintino Bocaiúva orientaram e estimaram o jovem que parecia trazer a revelação de um talento superior.
Vivendo em meio a agitações, caso singular, encarou-as com indiferença. Opiniões públicas “não as tinha fixas nem determinadas”.
Machado de Assis foi um bom. “Este cuidado de não magoar ninguém foi à norma de conduta de toda a sua vida.” Trabalhou como tipógrafo e acabou funcionário público: dois ambientes pesados que pareciam ter abafado a sua inspiração.
Todavia, não se lhe embotou a sensibilidade. Ao contrário, exacerbou-se, completou-se e acabou perfeita.

O Sofrimento, este grande cinzelador de almas e de inteligências, deu forma definitiva ao homem e ao artista.
“Machado de Assis produziu tranquilamente e sem aparato, como uma planta produz o seu fruto, sem anúncio, sem surpresa, sem admiração de si mesmo”.
Escreveu com muita influência. A forma lhe saiu naturalmente bela, como foi naturalmente profundo o conteúdo.

A obra de Machado de Assis é produzida em dois períodos literários, em duas épocas diversas e antagônicas, embora uma seja decorrente da outra.
A sua “estreia” literária se faz, ainda no Romantismo. A primeira prosa e os primeiros poemas traduzem um subjetivismo intenso e uma visão deformada das coisas.
Há versos melosos. Quase há heroínas do tipo das “Divas” e “Senhoras” de José de Alencar.

Mais tarde Machado de Assis fará o Realismo __ um realismo todo especial, “Sui-generis” __ o realismo psicológico.
Machado de Assis nunca foi um naturalista. A delicadeza dos seus sentimentos e um pudor íntimo lhe impediram o estudo do animal que espreita em cada criatura.
Ele nunca pode ligar o cientificismo à arte, nem se interessou em descrever a __ Besta humana.

Romântico na primeira fase, autor objetivo e pesquisador da alma do homem na segunda, não quis fazer o “Romantismo às avessas”, nem o realismo dos baixos apetites.
Preferiu ficar em um plano superior, como figura única, e sob certos aspectos, diríamos universal, se autor brasileiro fosse lido em outras terras...

Machado de Assis foi um humorista, quer dizer __ um autor que escreveu com “humour”. Que representará, então, esse “humour”? Será um jogo de espírito? Uma graça no dizer, no expressar? Apenas isso, não. Já um aforismo inglês declara: “Humour is more than wit”.
Há várias definições. Uma sentimental __ “Humour é uma lágrima que ri” outra mais grave __ “Cèst la plaisamentrie dùn homme qui, em plaisantant , garde une mine grave”.
Pois o humor é tudo isso e mais. É o sorriso orvalhado de lágrimas.
É o gracejo do homem que, gracejando, mantém aparência séria. É a zombaria amarga de quem esta prestes a chorar. É o sarcasmo doloroso daquele que procura escarnecer da vida, dessa vida amarga e cruel, vida que leva sempre de um desencanto a outro desencanto, de uma dor a outra dor. Vida cuja única alegria é a página final.

Machado de Assis foi um infeliz.
A epilepsia, essa neurose cujo nome tinha medo de pronunciar e cuja lembrança provocava nele arrepios de pavor, fez dele um torturado, um homem pessimista e cheio de fel.

Num estilo, que é uma verdadeira maravilha de beleza, de elegância e de correção, ele deixou o ceticismo e a velha sabedoria da sua alma, alma que tinha a velhice e a sabedoria de todos os séculos. As principais figuras de Machado de Assis, moralmente falando, estão cobertas de farrapos. Não nasceram nem para o bem, nem para o mal; mas acabam na dor; uma dor cínica e má, que não redime. As suas mulheres não encontram um ponto terminal, nem na virtude nem no erro.
São quase sempre (refiro-me à grande trilogia de Machado de Assis), criminosamente neutras. Praticam o vício inconscientemente. E têm inconscientes atitudes de nobreza.

Sabemos que Machado de Assis amou os homens e teve piedade deles. Mas, tímido e infeliz, sentiu necessidade de expandir a sua agonia interior. E deu assim, para delícia dos leitores, legítimas obras-primas. Revelou profundo conhecimento psicológico e proporcionou venenosas pílulas __ cobertas de açúcar. Escritor que amarga e desilude é, no entanto, um prazer lê-lo.
SUAS OBRAS:

- POESIAS
 
Nas Crisálidas, Machado de Assis surge saturado de Lamartine e de Musset. Não há aí a confusa exuberância dos nossos românticos. Já se verifica a preocupação do invólucro.
Os primeiros poemas, como ÊRRO, apresentam, igualmente, evidente influência de Garret.

Nos VERSOS A CORINA, um dos mais perfeitos de nossa língua, eis todo um velho tema sentimental. Eis o prenúncio do cético e do orgulhoso. Daquele que não acreditava e se deixou vencer. Daquele que foi iludido e, com o coração lacerado embora, quer ainda, ser altivo. Daquele que deseja ocultar o sangue vivo que lhe escorre das feridas. Esses versos, “inspirou-os uma grande e ignorada paixão, Machado de Assis amou com toda a veemência dos seus verdes anos. Amou e sofreu”. O poema revela esse amor, triste como tudo o que é irrealizado, traduz “a resignação suprema a um sofrimento sem remédio. É o doloroso poema de uma saudade infinita”.
FALENAS - Aparecem em 1870. Consideramos Machado de Assis um poeta de talento, com alguns lampejos de genialidade, lampejos nascidos do amor, da dor, e de reflexão filosófica. Mas, se, como poeta original, raro chega às culminâncias da arte, nas traduções a sua interpretação é primorosa. Nas Falenas, encontramos a Lira Chinesa, inspirada na prosa de Judith Walter.

A filosofia e os requintes da alma oriental foram bem assimilados por Machado de Assis.
- O “LEQUE” – é poesia leve que relembra a curta duração do amor.

- A “FOLHA DO SALGUEIRO” – tão enternecida, tão cheia de místico sentimento!...
- “CORAÇÃO TRISTE FALANDO AO SOL” – repleta de um sofrer intenso, sombria, e que traduz a prece de um coração gelado pela tristeza.

- A “UMA MULHER” – pessimista, dolorosa, que vem dizer que nem sempre o afeto puro com afeto se retribui; que às vezes é mais fácil comprar um amor...
- E, o “IMPERADOR” – que nos fala de um poderoso Senhor do Império, mas Senhor jovem e ardente, apaixonado pela esposa e, por ela, capaz de deixar as discussões graves e os graves problemas.

- As “AMERICANAS” – são de cunho mais nacionalista: tratam também, da alma; desta vez, porém, da alma selvagem.
- As “OCIDENTAIS” – são os versos da natureza do poeta. A forma adquire então o apuro máximo. É dessa fase aquele admirável “Soneto de Natal” que finaliza por um verso célebre e expressivo __ resumo das metamorfoses psíquicas:” Mudaria o Natal ou mudei eu?”.

“Mosca Azul” – dissera os sonhos e as ilusões das criaturas. É poesia desencantada e cética. A poesia do homem que esmiúça o seu destino, a sua felicidade, as suas esperanças. Esmiúça tanto que tudo destrói porque destinos, ou felicidade, ou esperança é mera ilusão.
- “O Corvo” -__ a mulher tradução em língua portuguesa do imorredouro poema daquele louco e torturado Poeta.

Como Machado de Assis sentiu a tragédia do nunca mais! Como compreendeu e viveu a implacabilidade e o irremediável das coisas!
- O CONTO:

É forma antiga e difícil. Difícil porque deve ser explícito, compreensível; porque deve abranger tudo sinteticamente, causando impressão forte. Quanto à sua antiguidade, não é trabalhoso constatá-la. Boccacio, no século XIV, produziu contos admiráveis. Pena que a essência não se recomende...

Machado de Assis é o maior contista brasileiro. Desde as Histórias Sem Data se prenuncia o escritor mais propenso à análise psicológica que à descrição da natureza. Ele próprio declara: “A natureza não me interessa; o que me interessa é o homem”.
As Histórias da Meia Noite, quanto à composição e ao estilo, pouco diferem do primeiro livro de contos. Nelas, como nos Contos Fluminenses se verifica antes o humanismo piedoso e benévolo de Mark Twain que o escárnio de um Swift ou mesmo de um Sterne. Na segunda fase dos contos, aparecem Papéis Avulsos, Histórias sem Data, Várias Histórias e Páginas Escolhidas. Já é o estilo maravilhoso das Memórias Póstumas de Brás Cubas. Predomina o psicólogo. Aparecem estudos de adolescentes, com toda a inconsciência e confusão dos seus desejos, meio tímidos e o emaranhado dos seus primeiros amores.

As obras de Machado de Assis “água com açúcar” não adentraremos, pois aqui falaremos das que destacam o escritor como romancista vigoroso que fez ouvida “a voz subterrânea” , isto é, o psicólogo que dissecou o coração de todos. Segundo a sua própria confissão, adotou no Brás Cubas a forma livre de Sterne e Xavier de Maistre, “com algumas rabugens de pessimismo”.
Brás Cubas – há na alma deste livro, por mais risonho que pareça, um sentimento amargo e áspero, que está longe de vir dos seus modelos. Brás Cubas resume o meio em que viveu: vulgaridade de caracteres, amor das aparências rutilantes, do arremedo, frouxidão da vontade, domínio do capricho!...

Brás Cubas tem muito do próprio Machado de Assis, e tem muito de cada um de nós, do nosso desespero, do nosso amargor, do nosso sarcasmo irrelevado. Brás Cubas não é Brás Cubas. É o homem de alma andrajosa e miserável. O homem que não realizou. Que não viveu. Que falhou.
Memórias Póstumas - são a autobiografia de Brás Cubas que começa pela sua morte. Resume em Brás Cubas o meio em que viveu. Assim foi seu primeiro amor: “Marcela amou-o durante quinze meses e onze contos de réis”. Brás Cubas foi embarcado à força “para estudar”. Viveu como um estroina e voltou bacharel.

Machado de Assis cultuou a beleza e a expressão do seu culto está em tudo que lhe saiu do pensamento rutilante.
Quincas Borba – personagem que aparece incidentemente no Brás Cuba é, apenas, o título do novo livro. Senhor de bens herdados, lega-os ao único amigo __ Rubião __ com condição de cuidar de um cachorro, também Quincas Borba.

D. Casmurro __ é um livro cruel. Refere-se à história de um homem simples e bom que amou a deliciosa Capitu “de olhos de ressaca, a Capitu de olhos oblíquos de cigana dissimulada”, foi enganado e tornou-se misantropo.
A cultura de Machado de Assis era vasta, daí a multiplicidade de influências que sobre ele se exerceram. Tinha a beleza clássica a harmonia severa e senso das proporções.

- Possuía do autor do Diálogo dos Mortos o espírito fino, a elegância caustica e o horror à hipocrisia. 
- Em Rabelais aprovisionou-se de um ceticismo comedido. A gargalhada homérica desse autor francês foi, nele, apenas um sorriso.

- Montaigne anunciou-lhe o “instinto de moderação e o senso profundo de vida”.
- Com Shakespeare, teve a revelação de todos os segredos humanos. A análise, que esse gênio fez de todas as paixões, saturou-o dos mistérios do coração.

- Cervantes mostrou-lhe os costumes de realidade. Machado de Assis encontrou no D. Quixote __ o misticismo medieval.  Sancho Pança o materialismo humano. Dualismo psicológico e dualismo na filosofia: os voos para o céu e as decaídas para a terra!
- Stendhal também influiu. Foi, como Machado de Assis, um isolado, um homem solitário. A sua juventude despertou igualmente por decepções, e as dificuldades apuraram a sua sensibilidade.

- De Merimée herdou “o desapego ao leitor e o desprezo de suas emoções”.
- Na filosofia, Shopenhauer lhe deu aspereza e taciturnidade.

- Todavia, o que mais fundamente e mais vitalmente orientou Machado de Assis foi o “humour” inglês.
-  Do egoísmo, do ódio e da ferocidade de Swift e da finura e da agudeza de Sterne surgiu o escritor brasileiro.

Ele não copiou ninguém porque tinha bastante talento para inovar, para criar. Os estrangeiros forneceram, apenas, cultura e fizeram que ele descobrisse o pendor natural do seu espírito.
As obras primas de Machado de Assis são perpétuas e maravilhosas. Não há plágio, nem falta de originalidade. Há uma identificação muito completa com o “humour” e a adaptação de uma forma estranha à dor brasileira.

Em suma Machado de Assis é o maior romancista nacional. Ele realizou obra eternamente jovem. Liam-no com prazer há 80 anos. É lido hoje e o será amanhã com o mesmo prazer que tinham os nossos avós.
Raramente existe nele piedade ou consolação! Quase sempre o seu sofrimento faz doer. Mas há arte na expressão mais pura.

 A sua análise psicológica e a sua neurose aproximam-no do maior romancista de todos os tempos: Dostoiewsky.
Como Dostoiewsky  foi ao âmago do coração.  Como Dostoiewsky foi um epilético. Sentiu. Sofreu.  Foi um triste.

- Machado de Assis limitou-se a descrever o bom burguês.  Não conheceu bem os pobres diabos, as criaturas que passam pela vida tristes e ignoradas. As criaturas que têm tesouros de ternura, pobres tesouros esperdiçados que ninguém quer ou ninguém chega a conhecer. Isto é a falha de Machado de Assis!  Isto é a glória de Dostoiewsky!
- Machado de Assis morreu aos 69 anos de câncer, em sua cidade natal, no dia 29 de setembro de 1908.
 

Texto do livro:  “Compêndio de Língua e de Literatura”
- Páginas – 151 a 160.
- Exemplar – no. 4596      - Edição – 6ª.
- Ano - 1960
- Autor – J. Budin e Silvio Elia
- Editora – Companhia Editora Nacional – São Paulo
 
PELA INTERNET 
 - ALGO MAIS SOBRE ESTE GRANDE ESCRITO                
Seus Pais:
- Filho de José Francisco Machado de Assis, um mulato, pintor de paredes. Sua mãe Leopoldina Machado de Assis era lavadeira, de origem portuguesa da Ilha dos Açores.
Foi ELE:
Cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta,
- Fundador e primeiro Presidente da Academia Brasileira de Letras. Ocupou a cadeira de número 23. Em sua homenagem, a Academia é chamada de "Casa de Machado de Assis”.
- Em 1858 passou a frequentar o mundo boêmio dos intelectuais do Rio de Janeiro.
O que Escreveu: 
- Romances, contos, poesias, peças de teatro, inúmeras críticas, crônicas e correspondências.

Sua Esposa:

Carolina Augusta Xavier de Novaes Machado de Assis.
Portuguesa, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1866 a fim, segundo os biógrafos, de cuidar de seu irmão enfermo Faustino Xavier de Novaes.
Nascimento: 1835, na cidade do Porto - Portugal
Casou: Em 1869  - ( 1869 a 1904)
Falecimento: 20 de outubro de 1904
 
BIBLIOGRAFIA:

Comédia

Desencantos, 1861.
Tu, só tu, puro amor, 1881.


Poesia

Crisálidas, 1864.
Falenas, 1870.
Americanas, 1875.
Poesias completas, 1901.


Romance

Ressurreição, 1872.
A mão e a luva, 1874.
Helena, 1876.
Iaiá Garcia, 1878.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.
Quincas Borba, 1891.
Dom Casmurro, 1899.
Esaú Jacó, 1904.
Memorial de Aires, 1908.


Conto:

Contos Fluminenses,1870.
Histórias da meia-noite, 1873.
Papéis avulsos, 1882.
Histórias sem data, 1884.
Várias histórias, 1896.
Páginas recolhidas, 1899.
Relíquias de casa velha, 1906.


Teatro

Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
Hoje avental, amanhã luva, 1861.
O caminho da porta, 1862.
O protocolo, 1862.
Quase ministro, 1863.
Os deuses de casaca, 1865.
Tu, só tu, puro amor, 1881.


Algumas obras póstumas

Crítica, 1910.
Teatro coligido, 1910.
Outras relíquias, 1921.
Correspondência, 1932.
A semana, 1914/1937.
Páginas escolhidas, 1921.
Novas relíquias, 1932.
Crônicas, 1937.
Contos Fluminenses - 2º. volume, 1937.
Crítica literária, 1937.
Crítica teatral, 1937.
Histórias românticas, 1937.
Páginas esquecidas, 1939.
Casa velha, 1944.
Diálogos e reflexões de um relojoeiro, 1956.
Crônicas de Lélio, 1958.
Conto de escola, 2002.


Antologias

Obras completas (31 volumes), 1936.
Contos e crônicas, 1958.
Contos esparsos, 1966.
Contos: Uma Antologia (02 volumes), 1998


 
- Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as Edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes.

- Seus trabalhos são constantemente republicados, em diversos idiomas, tendo ocorrido a adaptação de alguns textos para o cinema e a televisão

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

domingo, 9 de agosto de 2015

Dia dos PAIS

Neste dia lindo, 09 de agosto de 2015, abraçamos todos os Pais com muito carinho.
Pai você foi e sempre será a cumeeira de nossos lares. Lá sabemos que seremos amparados pelos seus braços fortes.

Para mim hoje o dia é de saudades. Meu amado Pai habita na casa de Deus e de lá sabemos que nos mostra sempre o melhor caminho, nos diz o que devemos fazer quando estamos com problemas para resolver, pois foi ele quem passou a vida toda aqui na terra resolvendo problemas, ora difíceis e complexos mas sempre chegou nas soluções.
Pai eu lhe amo muito.

Em homenagem a cada um de vocês PAIS, ofereço-lhes com carinho uma das poesia que meu saudoso Pai, Professor René de Deus Vieira dizia para sua esposa e seus filhos enquanto pequenos:


 Meu pai, Professor René de Deus Vieira

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
 
Jorge de Lima
 
Lá vem o acendedor de lampiões de rua!
Este mesmo que vem, infatigavelmente,
Parodiar o Sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente.
 
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite, aos poucos, se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
 
Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
Ele, que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
 
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade
Como este acendedor de lampiões de rua!
 
 
Sobre o autor: Jorge de Lima 
 
JORGE DE LIMA


(1893 — 19

Jorge de Lima nasceu em União dos Palmares (AL), em 23 de abril de 1893. Filho de José Mateus de Lima, um senhor de engenho, e de Delmina Simões de Mateus de Lima. Cursou parte do primário no município natal, e viria a ser completado no Instituto Alagoano, em Maceió. Transferiu-se para o Colégio Diocesano de Alagoas, onde completou os “preparatórios”. Iniciou, em 1911, a faculdade de Medicina, em Salvador BA, concluindo-a em 1915, no Rio de Janeiro. Ainda em 1915 retorna a Maceió para exercer a medicina. Em 1919, elegeu-se Deputado Estadual pelo Partido Republicano de Alagoas, assumindo a Presidência da Câmara por dois anos. Em 1930, transferiu-se para o Rio de Janeiro por desavenças políticas, e ali na Capital exerceu a clínica médica e foi professor de Literatura Brasileira na Universidade do Brasil. O seu consultório na Cinelândia tornou-se famoso como centro de reunião de intelectuais e amigos. Após a queda do Estado Novo, militou na política, elegendo-se vereador no antigo Distrito Federal, pela UDN. Em 1944, candidatou-se sem êxito à Academia Brasileira de Letras. Em 1952, é fundada a Sociedade Carioca de Escritores (SOCE), da qual foi o primeiro presidente provisório. Faleceu em 15 de novembro de 1953 após longa enfermidade. 
 
OBS:
Para saber quem foi o Pai e Professor René de Deus Vieira, vejam neste blog publicações a seu respeito publicadas em outubro e novembro de 2012. http://vmpradorj.blogspot.com.br/2012/10/professor-rene-de-deus-vieira.html

Mais informações sobre Jorge de Lima e ler suas poesias, podem entrar no site sobre o autor.
Texto sobre o autor retirado do site:
 http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/brasil/jorge_de_lima.html

 
 
 
 
 
 
 

domingo, 26 de julho de 2015

Dia dos avós


O Avô e a Avó, tão amados, são a origem de todas as famílias.

Ter um avô, ter uma avó é um privilégio.

Felizes são aqueles que conheceram e puderam viver anos ao lado de seus avós, ouvindo suas histórias, brincando, rindo e aprendendo muito com eles.

Para cada um de nossos AVÓS,  compartilho uma estrofe  desse belo poema de  Guiuseppe Artidoro Ghiaroni:  "Dia das Mães"

"É o dia da bondade
maior que todo o mal da humanidade
purificada num amor fecundo"

Por mais que o homem seja um ser mesquinho
Enquanto uma Mãe estiver junto a um bercinho
Cantaremos a esperança para o mundo.”


Nós do Grupo Descortinando Histórias abraçamos a cada um nesse dia, simbolicamente ou presencialmente, com muito carinho.

Ontem dia 25/07/15 estivemos presentes em uma roda de histórias ouvindo histórias de encantamento, contadas pelo grupo Conte Comigo no But Eco em Botafogo. Lá comemoramos o Dia dos Avós com muita alegria ouvindo histórias, que nos fizeram lembrar com saudades de nossos amados avós, pois cada um deles contou muitas histórias a seu modo, certamente!

Parabéns, Felicidades a todos vocês AVÓS queridos do Brasil e do mundo todo.

Algumas fotos do evento realizado pelo grupo Conte Comigo, do qual estivemos presentes:



Contadores de Histórias do Grupo Conte Comigo

                                         
Cristiane Furtado - contando história
                                                       

 
Regina - contando história
 
 

Tânia - contando história


Cecília Göpfer - contando história




José Matos - contando história


                                                        
Ronaldo - Valéria - Luíza





                                                       
                                                         vários convidados

                                              
                                               Na plateia o Mestre Gregório ao fundo


                                               
                                                            Valéria e outras convidadas

                                                
                                                        Os contadores de Histórias:
                                                       Denise´- José Matos e Gregório


       
                                                          convidados
                                    
            
                                                        
 Dois amigos convidados  O casal Pedro Emílio e Elba


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Festival Literário

Sabendo da importância dos livros na vida de cada ser humano, grupos de pessoas, empresas e organizações sem fins lucrativos se engajaram em levar a todos os lugares e classes sociais esse valioso presente, o livro.
São diversas as formas de divulgar os livros:
A mais conhecida e próxima de cada um de nós são as livrarias e bibliotecas que a cada ano se multiplicam. Nelas encontramos livros que agradam a diversos públicos.
Saindo delas existem milhares de lugares em que o livro vai e fica ali esperando alguém para manuseá-lo.
Recentemente todos nós passamos a ter acesso a uma linda Festa da Literatura - os Festivais Literários e os Festivais Literários Internacionais espalhados pelo mundo.
Estes Festivais acontecem anualmente em cidades diversas pelos países.
No Brasil famosos Festivais Literários acontecem em seus Estados durante o ano.

O Festival Internacional de Parati no qual tivemos o privilégio de participar como visitante não fica atrás. Lá na pequena cidade fluminense de Paraty desde 2003 a cidade recebe autores, palestrantes, oficineiros literários, contadores de histórias e até discussões literárias acontecem.
Paralelas a todas estas atividades também encontramos eventos para crianças que são realizados na chamada Flipinha e para os jovens na FLIP.

Estes dois lugares ficam repletos de toda movimentação literária não só os livros como shows, palestras, lançamentos de livros e outros mais.
Paraty fica enfeitada de livros, cordelistas, contadores de histórias, autores renomados e novatos,
grupos musicais, poetas e tantos outros voltados para o despertar da importância dos livros na vida de cada um de nós.

Casa Azul
A Associação Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público, que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, mantém uma intensa relação com a cidade de Paraty.
A Casa Azul iniciou suas ações em 1994 visando à implantação do projeto de Requalificação Urbana dos Espaços Públicos de Borda D’água de Paraty. Desde então, a associação manteve uma forte relação com a cidade, desenvolvendo projetos e estudos, tanto nas áreas de arquitetura e urbanismo, quanto nas de educação e cultura, pois acreditamos no potencial de Paraty para incubar experiências inovadoras que poderão inspirar intervenções em outras cidades.
 
Missão
 Iluminar raízes culturais e fortalecer sua permanência no território por meio de projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura, envolvendo a sociedade na construção coletiva e crítica do seu futuro. ( Fonte Wikpédia).
 
Como participantes do Grupo Descortinando Histórias, Ronaldo Prado e eu Valéria Mundim e Prado, fomos convidados para participarmos do Festival Literário Internacional de Parati - 2015, pelo grupo Mosaicando Histórias.
 
Lá fomos ver e ouvi-las contar histórias no barco Desejo, durante uma agradável viagem pela baia de Paraty.
A história principal foi  contada pelo Grupo Mosaicando Histórias: Simbá o Marujo, que agradou a todos, adultos e crianças que ouviram com muita atenção a narrativa;  no papel de convidados, colaboramos nos momentos de suspenses e de perigos enfrentados pelo Simbá o Marujo durante suas viagens marítima.
 
Durante os cantos levados pelo grupo Mosaicando Histórias, lá estávamos, nos divertindo muito por todo o trajeto na baia de Paraty
Para nós, foi um momento único e  enriquecedor.
 
Vejam a seguir as fotos tiradas dentro do barco , a entrevista feita pelo repórter do povo a Cristina Pizzoti - integrante do Grupo Mosaicando Histórias e outras  fotos tiradas em outros locais da FLIP Parati . Realizada no período de 01 a 09 de julho de 2015.
 
Quem ainda não foi a Parati durante este Festival, programem-se para o ano que vem. Vale a pena.
 
ALGUMAS FOTOS TOMADAS NA FLIP PARATI 2015


 



 
 
 
 
 
 
 
 

Curiosidades:
Muitos de nós que frequentamos estes festivais literários nos encantamos com a variedade de eventos culturais e não paramos para perguntar: Como eles surgiram.

No Brasil em Paraty -foi idealizado pela editora inglesa Liz Calder, da Bloomsbury.  Agenciou diversos autores brasileiros, tomando como modelo o Festival Literário de Hay-on-wye, no Reino Unido.

O Festival é associado também com outros semelhantes tais como: Festival Internacional de Autores, em Toronto, Canadá, e o Festivaletteratura Montova na Itália para mostrar a interculturalidade na literatura.

Liz Calder (Londres, 20 de janeiro de 1938) é uma editora inglesa[1] .
Foi uma das fundadoras da Bloomsbury, onde lançou autores como J.K. Rowling, Salman Rushdie e Julian Barnes.
Viveu no Rio de Janeiro de 1964 a 1968[2] . Foi uma das idealizadoras da Festa Literária Internacional de Paraty[3] .
Recebeu em 2004 a Ordem do Mérito Cultural[4] . ( Fonte Wikpédia).

Em resumo: O Festival Literário Internacional de Parati - idealizado pela editora Liz Calder e organizado pela organização sem fins lucrativos - Associação Casa Azul.


FLIBH -1o. Festival Literário Internacional de Belo Horizonte

Ronaldo e eu Valéria representando o Grupo Descortinando Histórias estivemos presentes também como visitantes no 1o. Festival Literário Internacional de Belo Horizonte - a FLIBH, que aconteceu no Parque Municipal Américo Renné Giannetti bem no centro da capital mineira, organizado pela Fundação Municipal de Cultura,  no período de 25 a 28 de junho de 2015.

ASEGUIR FOTOS NA 1a FLIBH 2015

sábado, 13 de junho de 2015

Grupo Agregando

Estivemos presentes em mais um encontro do  Grupo Agregando Contadores de Histórias, administrado por Sônia Sampaio e Cléo Mota.
Comemoramos no dia 11 de junho o seu oitavo aniversário.
Foi maravilhoso contamos e ouvimos muitas histórias.
Nós fazemos parte deste Grupo com muito orgulho.

Primaverinha dos Livros

Foi muito enriquecedor e produtivo para nós a  visita aos Stands da Feira de Livros  "Primaverinha de Livros", realizada no Jardim Botânico - Espaço Tom Jobim, nos dia 05 e 06/06/15.
Visitamos os stands das Editoras que lá estiveram. Encontramos com muitos contadores de histórias que também se enamoravam com cada livro exposto; ouvimos histórias e assistimos a apresentações.
Para não perder o hábito, compramos alguns exemplares que estamos lendo com muita satisfação.
Tivemos o prazer de encontramos com as mineiras Rosana Mont´Alverne e Juliana, proprietárias da Editora Aletria, que nos abraçaram com muito carinho.
Ronaldo e eu (Valéria) como mineiros de nascença e de coração nos sentimos em Minas, ao lado das duas jovens. Maria Soares que aprendeu gostar de Minas também se emocionou.


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Dia 18 de abril


Neste dia há 133 anos atrás nascia em Taubaté - São Paulo o escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato considerado um dos nossos maiores autores, inventor da própria literatura infantojuvenil no Brasil. Por esta razão, o dia de seu aniversário ficou consagrado em todo território nacional como o Dia Nacional do Livro Infantil.
Ele e o Livro são lembrados todo ano no dia 18/04 e comemorados em cada canto de nosso país por milhares de brasileiros.

Monteiro Lobato trazia consigo um grande conhecimento. Tinha uma imaginação fértil. Criou frases. Palpitou sobre todos os assuntos, tentando com tantos comentários mudar o que achava errado, melhorar o que já estava bom.

Suas frases nos dizem o quanto gostava de ler e como queria mudar o mundo para as crianças:
 
"Um país se faz com homens e livros."
             - Monteiro Lobato -
 
"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar."
              - Monteiro Lobato -
 
"Quem escreve um livro cria um castelo, quem o lê mora nele".
               - Monteiro Lobato -
 
"A mim me salvaram as crianças. De tanto escrever para elas, simplifiquei-me".
                - Monteiro Lobato -     
    
“No fundo não sou literato, sou pintor. Nasci pintor, mas como nunca peguei nos pincéis a sério, arranjei, sem nenhuma premeditação, este derivativo de literatura, e nada mais tenho feito senão pintar com palavras.” .
                - Monteiro Lobato -
 
Livros são tão importantes na vida dos homens que outros disseram frases sobre eles:
 
"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde".
          - André Maurois -
 
"Nave melhor do que um livro, para viajar longe, não há".
          - Emily Dickinson -
 
"É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros"
           - Bill Gates -.

 “O livro é a grande memória dos séculos… se os livros desaparecessem, desapareceria a história e, seguramente, o homem.” 
            – Jorge Luis Borges

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.
              - Mario Quintana -
 
"Um livro aberto é um cérebro que fala;
Fechado, um amigo que espera;
Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora".
                - Voltaire -
 
"Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar".
                 - Rubem Alves -
 
Crianças, jovens e adultos corram atrás dos livros eles vão levar- lhes a lugares que jamais serão esquecidos, pois eles nos libertam; eles nos ajudam a caminhar e conquistar nossos sonhos.
Livros são presentes valiosos. Receba-os todas as vezes que lhes forem oferecidos.
 
 

domingo, 5 de abril de 2015

PÁSCOA, a PASSAGEN

Ainda no mês de abril,  mas que mês interessante!,  dizia uma governanta de origem alemã, residente na Rússia, a senhora  Fräulein, que cuidava de duas crianças, contando lindas histórias, dizendo poesias, lendo livros para elas.  "April, April, er Weiss, nich, was er will" que em Português significa: "Abril, Abril, ele não sabe o que quer".

E nós agora parafraseamos: "Abril, Abril, você nos surpreende"!
São tantas datas que nos encanta. Ora comemora uma coisa, ora outra.

Este mês que não sabe o quer nos surpreende mais uma vez,  nesse ano a PASCOA é em abril, uma das maiores Festas do Mundo Cristão.

Foi também  durante o mês de abril que vivemos toda a Paixão de Cristo, e hoje a sua RESSURREIÇÃO.

Belas são as palavras de Don Orani João Cardeal Tempeste, arcebispo Metropolitano  do Rio de Janeiro:

"Celebrar a Ressurreição  de Cristo é impregnarmos de sua Luz e Força.

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A Ressurreição também fundamenta nossa esperança e dela obtemos forças para empreender o trabalho contínuo de transformar-nos e, a partir daí, transformar a nossa realidade segundo os desígnos de Deus, Jesus, que se fez Servo de todos a ponto de dar a própria vida,

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cada pessoa é chamada a fazer sua Passagem (Páscoa) da falta de sentido para o pleno significado da vida, de modo que cada gesto ou palavra sejam impregnados da luz e da força do Cristo que vive para sempre!
Feliz e Santa Páscoa a todos . . . "

Inspirados nas belas palavras do nosso Arcebispo Don Orani Tempeste, o Grupo Descortinando Histórias deseja a todos uma Feliz e Santa Páscoa!.