sábado, 20 de outubro de 2012

Canção do Exílio


   Quando falava de saudade...

 

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
 
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mia flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
 
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
 
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar __ sozinho, à noite __
Mais prazer encontro eu lá;
 
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá,
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.
 
 
Antonio Gonçalves Dias nasceu em Caxias- estado do Maranhão no dia 10 de julho de 1823 e morreu náufrago do Ville de Boulongnne, que abriu água nos baixos dos Atins, próximo ao farol de Itacolomi em 03 de novembro de 1864, dois meses pós ter embarcado no Havre em setembro.
O maior poeta lírico brasileiro __ na literatura nacional, representa na poesia, o mesmo importante papel que Alencar no romance:o cantor dos Timbiras e o romancista de Iracema têm a face comum do indianismo; maranhense foi ainda um dos chefes do movimento que libertou as nossas letras do velho classicismo português. 
 Gonçalves Dias completou os seus estudos em Portugal, para onde partiu em 1838. Formou-se em Coimbra. De volta ao Maranhão em 1845 no ano seguinte veio ao Rio de Janeiro pela primeira vez. Lecionou História pátria e latinidade no Colégio Pedro II.
 Em comissão do governo voltou a Europa em 1855. Em 1862, doente, pela terceira vez partiu para a Europaem busca de melhoras;regressou, sem as ter conseguido, em 1864, embarcando no Halgavre em setembro.
 Antonio Gonçalves Dias morreu náufrago do Ville de Boulongnne, que abriu água nos baixos dos Atins, próximo ao farol de Itacolomi em 03 de novembro do mesmo ano. 
 

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