sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dia das Avós - 26 de julho

Homenageio as Avós de todo Brasil e do mundo inteiro com a poesia de Olavo Bilac,  A AVÓ, que em grande estilo fala daquela que ama verdadeiramente seus netos.
Esta poesia me leva  ver minha mãe ha muitos anos atrás, sentada ao fogão de lenha cercada pelos seus filhos e contando suas historias.
Como era lindo aquele tempo.
Hoje, ela como a avó descrita por Olavo Bilac, descansa em sua cadeira, cochila o dia inteiro e acorda com a chegada barulhenta de seus netos e bisnetos adorados.
Como nos tempos idos, ela abraça-os com carinho e conta para todos as suas histórias de vida que são lindas.
Minha mãe e agora avó e bisavó é uma senhora de 94 anos que vive para a família, da qual adora estar cercada.
Abraçando-a neste dia, abraço todas as avós do mundo.   
Serafina Mundim Vieira é a perfeita AVÓ, a vovó TETÉ,  amada de todos.
Ela é meiga, carinhosa, romântica, amiga, companheira de todas as horas.
Parabéns Vovó TETÉ.
Que este dia se repita ainda muitos e muitos anos ao seu lado e que todas as avós do mundo inteiro, vivem para sempre.



A AVÓ
(Olavo Bilac)

A avó, que tem oitenta anos,
Está tão fraca e velhinha!...
Teve tantos desenganos!
Ficou branquinha, branquinha,
Com os desgostos humanos.

Hoje, na sua cadeira,
Repousa, pálida e fria,
Depois de tanta canseira:
E cochila todo dia,
E cochila a noite inteira.

Às vezes, porém, o bando
Dos netos invade a sala...
Entram rindo e papagueando:
Este briga, aquele fala,
Aquele dança, pulando...

A velha acorda sorrindo,
E a alegria a transfigura;
Seu rosto fica mais lindo,
Vendo tanta travessura,
E tanto barulho ouvindo.

Chama os netos adorados,
Beija-os, e, tremulamente,
Passa os dedos engelhados,
Lentamente, lentamente,
Por seus cabelos, doirados.

Fica mais moça, e palpita,
E recupera a memória,
Quando um dos netinhos grita:
“Ó vovó! Conte uma história!
Conte uma história bonita!”


Então, com frases pausadas,
Conta histórias de quimeras,
Em que há palácios e fadas,
E feiticeiras, e feras,
E princesas encantadas...


E os netinhos estremecem,
Os contos acompanhando,
E as travessuras esquecem,
Até que, a fronte inclinando
Sobre o seu colo, adormecem.