Esta poesia me leva ver minha mãe ha muitos anos atrás, sentada ao fogão de lenha cercada pelos seus filhos e contando suas historias.
Como era lindo aquele tempo.
Hoje, ela como a avó descrita por Olavo Bilac, descansa em sua cadeira, cochila o dia inteiro e acorda com a chegada barulhenta de seus netos e bisnetos adorados.
Como nos tempos idos, ela abraça-os com carinho e conta para todos as suas histórias de vida que são lindas.
Minha mãe e agora avó e bisavó é uma senhora de 94 anos que vive para a família, da qual adora estar cercada.
Abraçando-a neste dia, abraço todas as avós do mundo.
Serafina Mundim Vieira é a perfeita AVÓ, a vovó TETÉ, amada de todos.
Ela é meiga, carinhosa, romântica, amiga, companheira de todas as horas.
Parabéns Vovó TETÉ.
Que este dia se repita ainda muitos e muitos anos ao seu lado e que todas as avós do mundo inteiro, vivem para sempre.
A AVÓ
(Olavo Bilac)
A avó, que tem oitenta anos,
Está tão fraca e velhinha!...
Teve tantos desenganos!
Ficou branquinha, branquinha,
Com os desgostos humanos.
Hoje, na sua cadeira,
Repousa, pálida e fria,
Depois de tanta canseira:
E cochila todo dia,
E cochila a noite inteira.
Repousa, pálida e fria,
Depois de tanta canseira:
E cochila todo dia,
E cochila a noite inteira.
Às vezes, porém, o bando
Dos netos invade a sala...
Entram rindo e papagueando:
Este briga, aquele fala,
Aquele dança, pulando...
Dos netos invade a sala...
Entram rindo e papagueando:
Este briga, aquele fala,
Aquele dança, pulando...
A velha acorda sorrindo,
E a alegria a transfigura;
Seu rosto fica mais lindo,
Vendo tanta travessura,
E tanto barulho ouvindo.
E a alegria a transfigura;
Seu rosto fica mais lindo,
Vendo tanta travessura,
E tanto barulho ouvindo.
Chama os netos adorados,
Beija-os, e, tremulamente,
Passa os dedos engelhados,
Lentamente, lentamente,
Por seus cabelos, doirados.
Beija-os, e, tremulamente,
Passa os dedos engelhados,
Lentamente, lentamente,
Por seus cabelos, doirados.
Fica mais moça, e palpita,
E recupera a memória,
Quando um dos netinhos grita:
“Ó vovó! Conte uma história!
Conte uma história bonita!”
E recupera a memória,
Quando um dos netinhos grita:
“Ó vovó! Conte uma história!
Conte uma história bonita!”
Então, com frases pausadas,
Conta histórias de quimeras,
Em que há palácios e fadas,
E feiticeiras, e feras,
E princesas encantadas...
Conta histórias de quimeras,
Em que há palácios e fadas,
E feiticeiras, e feras,
E princesas encantadas...
E os netinhos estremecem,
Os contos acompanhando,
E as travessuras esquecem,
Até que, a fronte inclinando
Sobre o seu colo, adormecem.
Os contos acompanhando,
E as travessuras esquecem,
Até que, a fronte inclinando
Sobre o seu colo, adormecem.
Conheço bem a vó Teté.
ResponderExcluirUm exemplo de vida para todos nós!